Hoje não sei porquê, mas acordei
com o cheiro a sardinhas e a carvão no ar. Provavelmente a remanescência de
qualquer sonho ou memória adormecida dos velhinhos restaurantes de peixe junto
ao rio Arade em Portimão, cujo fumo invadia parte da cidade.
Curioso, que não sendo nada
velho nem saudosista, ainda me recordo de um Portimão totalmente diferente, daquele que existe
hoje em dia.
Verdade se diga, que do Portimão
que ainda me recordo não existia nem metade do betão, nem grandes superfícies
comerciais, para ser sincero nem existia a V3 ou mesmo a V6 …
Mas diga-se a verdade, ainda me
recordo de um Portimão cativante, com um centro vivo, com dinamismo, repleto de
pessoas, turistas e lojistas. Recordo-me de um Portimão não só com os jardins
tratados, os poucos existentes diga-se de passagem, mas com as suas passadeiras
brancas, com os passeios arranjados e asseados. Recordo-me de um Portimão que
celebrava e comemorava na praça da chamada “ Casa Inglesa ”, onde as famílias ao
som de um locutor local ou de uma pequena banda ou mesmo de um grupo de
folclore divertiam-se e consumiam os gelados e pipocas nas belas noites de verão, enchendo as
esplanadas de vida e prosperidade.
Recordo-me do velhinho cinema e
das filas do cine esplanada, dos bancos do “Madeirão” e as sangrias que por lá
jorravam e da Av. Tomás Cabreira replecta de jovens e menos jovens.
recordo-me de um Portimão vaidoso, com brio e com esperança no futuro.
Recordo-me acima de tudo de um
Portimão, empreendedor, com prospectivas, cativante e agregador. Um
Portimão humilde, mas com futuro…
Como é bom recordar !
Luís Miguel Martins
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