O Poder instituído e
democraticamente eleito, deverá não só reflectir a vontade dos eleitores, mas igualmente
ser o seu rosto, a sua voz, satisfazer seus desejos, ansiedades e necessidades.
O Poder instituído, deverá ser o longo
braço político de um povo, designadamente, nos meios mais pequenos, onde a proximidade
é inevitável e por vezes irresistível.
O Poder consiste pois, no corpo politico
que o leitorado proporciona, fomenta e elegeu.
Termos em que a proximidade entre
o poder e o eleitorado é compreensível, e por vezes, até mais próxima que o
desejável, nas suas dissemelhantes variantes.
No entanto, quando se afere, um
afastamento entre esse mesmo eleitorado e o Poder instituído, o mesmo deixa de
ser a voz dos que o elegeram, deixa de ser o braço e o rosto politico de um
povo, ainda que circunscrito ao seu Universo eleitoral. Deixa de ser a solução.
Ao invés é visto como o embaraço, o obstáculo à saciedade das necessidades de
toda uma colectividade.
A esse fenómeno de afastamento entre
o eleitorado e o Poder instituído, não se poderá chamar de desavença, pois
verdadeiramente, tal enlace nunca foi consumado.
A esse fenómeno, chamamos de “
Vazio de Poder “.
Luís Miguel Martins
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