Carta aberta ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Dr. Manuel da Luz:
Exmo. Sr. Dr. Manuel da Luz, após ler seu texto no presente blogue e na sua crónica semanal no jornal “O Correio da Manhã”, com a devida e pertinente ponderação, reparei que o mesmo faz alusão a um protocolo outorgado entre 2 entidades privadas e o Município de Portimão, cujo objecto consiste na implantação em Portimão de uma fábrica da N-Technology, tendo para isso o Município de Portimão desempenhado um papel de agente facilitador na fixação desta unidade de produção em no nosso concelho.
Congratulo-o pessoalmente e aos restantes elementos da sua equipa autárquica, não só pelo seu/vosso desempenho, mas acima de tudo pela captação dos 25 postos de trabalho para o nosso concelho e obviamente pela instalação do referido equipamento.
Congratulo-o e felicito-o, caso efectivamente, tal se veja a concretizar. Pois perdoe-me, mas ainda que tenha consideração e imensa estima por V. Exc., minha memória não me atraiçoa e não permite que me esqueça que foi o próprio Dr. Manuel da Luz que durante uma iniciativa partidária de lançamento da sua terceira candidatura à Câmara de Portimão para as últimas eleições autárquicas, que fez o anúncio de um outro acordo semelhante, no Portimão Arena e passo a citar:
«foi fechado o acordo para a instalação de uma fábrica de automóveis em Portimão, nos terrenos do autódromo».
«Representa cerca de 350 postos de trabalho directos, ao que se acrescentam os indirectos», disse o Dr. Manuel da Luz, frisando os benefícios dos cerca de 30 milhões de euros de investimento.
Por isso, e conforme decorre do supra exposto e da citação que foi retirada de sua pessoa, porque entendo que os titulares de cargos públicos devem actuar com frontalidade, idoneidade e verdade e não se tendo verificado, até à presente data, implementação em Portimão da aludida fábrica de automóveis por si anunciada, nem se criado os 350 postos de trabalho directos, muito menos nenhum indirecto, permita-me mas tenho o direito de duvidar, que tal se venha a concretizar.
Ainda que para bem de Portimão e dos Portimonenses,
eu queira acreditar.
Luís Miguel Martins
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