No passado dia 17 de Novembro,
estava agendada Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Portimão, cuja
ordem do dia versava sobre a já famigerado Taxa Municipal da Protecção Civil,
sua discussão, revogação e devolução das quantia entretanto já pagas.
Sessão essa convocada de acordo e
em plena harmonia com o Regimento da Assembleia Municipal e Legislação em
vigor, a saber a Lei n.º 75/2013, de 12 de Dezembro e posteriormente notificada
aos membros da Assembleia Municipal pelos próprios serviços do dito órgão.
Pelas 21:00 o Salão Nobre do
edifício dos Paços do Concelho encontrava-se repleto de Portimonenses
interessados no tema, em assistir ao debate e suas deliberações, mas acima de
tudo estavam ávidos em participar, atendendo ao número invulgar de cidadãos
inscritos para falar.
Para espanto e perplexidade de
todos os presentes, os membros da Bancada do Partido Socialista e os membros da
Bancada do Partido Social Democrata, à excepção da minha pessoa, não só se
dignaram em não comparecer, como muito menos solicitaram a sua substituição nem justificaram
as suas faltas. Ignoraram o órgão, a Democracia e os Portimonenses. Conduta
essa deliberada, adestrada e conveniente entre os referidos membros de modo a
evitar que se verificasse o “ quórum “ necessário para o órgão discutir e deliberar.
Em nada me revejo nessa conduta,
que classifico de antidemocrata, antes pelo contrário repudio-a. Afasto-me desse registo, por seis motivos
essenciais:
1.º Nunca reconheci, nem
reconheço uma coligação entre PS e PSD, tendo inclusivamente os órgãos próprios
do PSD declarado nula a mesma e todos os seus efeitos;
2.º Entendo que o PSD e seus
membros têm que ter uma conduta séria e à altura dos seus pergaminhos, das suas
responsabilidades, da sua história e designadamente livre e independentemente,
jamais sujeita à conveniência de um qualquer interesse reinante;
3.º Os Portimonenses e os
eleitores merecem ser respeitados e que os seus eleitos se apresentem nos
órgãos para os quais foram eleitos, ou em caso de impedimento se façam
substituir;
4.º Qualquer discussão e
deliberação terá forçosamente que ser tida em sede de Plenário do órgão
Assembleia Municipal, e não negociada nos gabinetes do poder reinante em
Portimão.
5.º Honrarei sempre a posição
assumida pelo PSD/Portimão e seus autarcas nas últimas legislaturas em relação
ao Poder reinante em Portimão e jamais atraiçoa-la por interesses pessoais ou
corporativos.
6.º O PSD tem um ideal e ideias
muito próprias, jamais aceitarei uma postura de subserviência em relação ao
Regime reinante em Portimão.
O tempo, esse encarregar-se-á de
atribuir a razão a quem de direito.
Luís Miguel Martins
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