Que tipo de “ Guerreiro “ és tu ?
Existem vários tipos de “ Guerreiros ”,
entendendo-se os mesmos como combatentes fervorosos ou calculistas da sua
ideologia, opinião, estatuto ou condição.
Vejamos então, os tipos de " Guerreiros " :
A)
O medroso,
é aquele que não opina. Prefere inclusivamente pensar baixinho no recanto
escondido da sua caserna, não vá a boca atraiçoá-lo e dar a entender o que realmente
pensa. Este espécime tem a vantagem de estar sempre livre de levar um tirinho e de nunca se saber para que
lado poderá disparar.
B)
O estratega,
é aquele que depois de formar o seu pelotão, distribui tarefas pelos seus
capitães e sargentos na esperança que os soldados executem as mesmas. Assiste de
camarote ao desenrolar do combate e tende a aparecer, estrategicamente no
momento prévio à vitória, para junto dos seus tropas celebrar como se de um
deles se tratasse. Este espécime tem a vantagem de, ainda que identificado,
estar a coberto de qualquer tiro inclusive do próprio fogo amigo.
C)
O
corajoso, é aquele que tende assumir a dianteira do combate, ainda que sempre
disponível para a acção, sujeita-se a que qualquer tiro possa provocar lesão grave ou passar de raspão. Este
espécime, por sua vez quando tende a evoluir para estratega, tende igualmente a
desaparecer, na medida em que é extremamente vulnerável ao fogo amigo.
D)
O vendido,
é caracterizado como o soldado raso com elevadas aspirações. Integra o pelotão
pelo mesmo cuidadosamente seleccionado, tende a formar-se, educar-se e a
evoluir na carreira militar, alcançando alguns lugares de destaque. Mas como
vendido que é, nada o segura senão o seu próprio e exclusivo interesse, estando
sempre dispostos a combater pelo inimigo, desde que o saldo oferecido seja mais
aliciante. Este espécime, tende depois de identificado a ser inutilizado pela
própria força à qual vendeu os seus serviços, tendo o nível de confiabilidade
mais baixo de todo o pelotão.
E)
O espião,
é aquele que como a própria palavra diz, espia. Espia, conspira, cria
movimentos, alucinações e confusão. A sua função consiste em obter confiança,
ter acesso a informação e passa-la a quem de direito, sendo que por vezes vai
mais longe e inclusivamente promove rebeliões internas para provocar
desorganização no pelotão espiado. Este espécime, ainda que não saiba está
desde o inicio identificado, pois não existe pelotão que não tenha o seu
espião, inclusive os pelotões inimigos. Este espécime tem um futuro incerto,
incerto porque até á presente data desconhece-se algum que tenha sobrevivido e
contado a sua história.
F)
O independente,
ao contrário do vendido, assume o seu lado no campo de batalha por livre
consciência, ciente de que na frente ou ao meio do pelotão, nunca nenhum tiro
lhe será mortal, pois este espécime tem os seus interesses pessoais alheios e
independentes aos interesses em campanha. Este espécime tende a ser receado por
alguns lobbys, sujeitando-se a algumas facadas, facilmente curáveis no curto
prazo.
G)
O Louco,
é aquele que não mede a consequência dos seus actos, sujeitando-se a tudo e a
todos, ou seja ao fogo inimigo e ao fogo amigo. O Louco é aquele que não se
refugia das balas, antes pelo contrário, tende a colocar-se precisamente em
frente ao pelotão de fuzilamento. Este espécime, não se poderá afirmar que
actua por sua ou outra iniciativa, mas quando passa em frente do pelotão de
fuzilamento inimigo ou mesmo amigo, o tiro é mortal.
Serve o presente
esclarecimento, para informar, que o Confessionário de Portimão e o seu Administrador,
não ponderaram ou quiseram fazer qualquer relação entre qualquer pessoa ou uma
das figuras acima descritas.
Tal se vier a ser
feito, é da inteira responsabilidade dos seus autores.
Luís Miguel Martins
Muito bem visto! Aqui em Portimão há de todos esses tipos, só não há tropas minimamente organizadas.
ResponderEliminarNem as forças do poder, nem as forças da oposição conseguem dar à cidade o que ela merecidamente precisa: estabilidade e esforço comum em prol da comunidade.
Continue, pois as suas crónicas são importantes.
Este merecia ser publicado.
ResponderEliminarCumprimentos.
Gustavo