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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Que tipo de " Guerreiro " és tu ?




Que tipo de “ Guerreiro “ és tu ?
Existem vários tipos de “ Guerreiros ”, entendendo-se os mesmos como combatentes fervorosos ou calculistas da sua ideologia, opinião, estatuto ou condição.
Vejamos então, os tipos de " Guerreiros " :
 
A)    O medroso, é aquele que não opina. Prefere inclusivamente pensar baixinho no recanto escondido da sua caserna, não vá a boca atraiçoá-lo e dar a entender o que realmente pensa. Este espécime tem a vantagem de estar sempre livre de levar um tirinho e de nunca se saber para que lado poderá disparar.
 
B)    O estratega, é aquele que depois de formar o seu pelotão, distribui tarefas pelos seus capitães e sargentos na esperança que os soldados executem as mesmas. Assiste de camarote ao desenrolar do combate e tende a aparecer, estrategicamente no momento prévio à vitória, para junto dos seus tropas celebrar como se de um deles se tratasse. Este espécime tem a vantagem de, ainda que identificado, estar a coberto de qualquer tiro inclusive do próprio fogo amigo.
 
C)     O corajoso, é aquele que tende assumir a dianteira do combate, ainda que sempre disponível para a acção, sujeita-se a que qualquer tiro possa provocar lesão grave ou passar de raspão. Este espécime, por sua vez quando tende a evoluir para estratega, tende igualmente a desaparecer, na medida em que é extremamente vulnerável ao fogo amigo.
 
D)    O vendido, é caracterizado como o soldado raso com elevadas aspirações. Integra o pelotão pelo mesmo cuidadosamente seleccionado, tende a formar-se, educar-se e a evoluir na carreira militar, alcançando alguns lugares de destaque. Mas como vendido que é, nada o segura senão o seu próprio e exclusivo interesse, estando sempre dispostos a combater pelo inimigo, desde que o saldo oferecido seja mais aliciante. Este espécime, tende depois de identificado a ser inutilizado pela própria força à qual vendeu os seus serviços, tendo o nível de confiabilidade mais baixo de todo o pelotão.
 
E)     O espião, é aquele que como a própria palavra diz, espia. Espia, conspira, cria movimentos, alucinações e confusão. A sua função consiste em obter confiança, ter acesso a informação e passa-la a quem de direito, sendo que por vezes vai mais longe e inclusivamente promove rebeliões internas para provocar desorganização no pelotão espiado. Este espécime, ainda que não saiba está desde o inicio identificado, pois não existe pelotão que não tenha o seu espião, inclusive os pelotões inimigos. Este espécime tem um futuro incerto, incerto porque até á presente data desconhece-se algum que tenha sobrevivido e contado a sua história.
 
F)     O independente, ao contrário do vendido, assume o seu lado no campo de batalha por livre consciência, ciente de que na frente ou ao meio do pelotão, nunca nenhum tiro lhe será mortal, pois este espécime tem os seus interesses pessoais alheios e independentes aos interesses em campanha. Este espécime tende a ser receado por alguns lobbys, sujeitando-se a algumas facadas, facilmente curáveis no curto prazo.
 
G)    O Louco, é aquele que não mede a consequência dos seus actos, sujeitando-se a tudo e a todos, ou seja ao fogo inimigo e ao fogo amigo. O Louco é aquele que não se refugia das balas, antes pelo contrário, tende a colocar-se precisamente em frente ao pelotão de fuzilamento. Este espécime, não se poderá afirmar que actua por sua ou outra iniciativa, mas quando passa em frente do pelotão de fuzilamento inimigo ou mesmo amigo, o tiro é mortal.
 
Serve o presente esclarecimento, para informar, que o Confessionário de Portimão e o seu Administrador, não ponderaram ou quiseram fazer qualquer relação entre qualquer pessoa ou uma das figuras acima descritas.
Tal se vier a ser feito, é da inteira responsabilidade dos seus autores.

 

Luís Miguel Martins  

2 comentários:

  1. Muito bem visto! Aqui em Portimão há de todos esses tipos, só não há tropas minimamente organizadas.
    Nem as forças do poder, nem as forças da oposição conseguem dar à cidade o que ela merecidamente precisa: estabilidade e esforço comum em prol da comunidade.

    Continue, pois as suas crónicas são importantes.

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  2. Este merecia ser publicado.
    Cumprimentos.
    Gustavo

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