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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Recordar Portimão.




 
Hoje não sei porquê, mas acordei com o cheiro a sardinhas e a carvão no ar. Provavelmente a remanescência de qualquer sonho ou memória adormecida dos velhinhos restaurantes de peixe junto ao rio Arade em Portimão, cujo fumo invadia parte da cidade.
Curioso, que não sendo nada velho nem saudosista, ainda me recordo de um Portimão totalmente diferente, daquele que existe hoje em dia.
Verdade se diga, que do Portimão que ainda me recordo não existia nem metade do betão, nem grandes superfícies comerciais, para ser sincero nem existia a V3 ou mesmo a V6 …
Mas diga-se a verdade, ainda me recordo de um Portimão cativante, com um centro vivo, com dinamismo, repleto de pessoas, turistas e lojistas. Recordo-me de um Portimão não só com os jardins tratados, os poucos existentes diga-se de passagem, mas com as suas passadeiras brancas, com os passeios arranjados e asseados. Recordo-me de um Portimão que celebrava e comemorava na praça da chamada “ Casa Inglesa ”, onde as famílias ao som de um locutor local ou de uma pequena banda ou mesmo de um grupo de folclore divertiam-se e consumiam os gelados e pipocas nas belas noites de verão, enchendo as esplanadas de vida e prosperidade.
Recordo-me do velhinho cinema e das filas do cine esplanada, dos bancos do “Madeirão” e as sangrias que por lá jorravam e da Av. Tomás Cabreira replecta de jovens e menos jovens.
 
recordo-me de um Portimão vaidoso, com brio e com esperança no futuro.
Recordo-me acima de tudo de um Portimão, empreendedor, com prospectivas, cativante e agregador. Um Portimão humilde, mas com futuro…
Como é bom recordar !
 
 
Luís Miguel Martins

 

 

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