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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Administração estratégica ou estratégia na Administração ?



Nos últimos tempos um assunto tem sido recorrente, seja nos jornais, empresas e interesses privados e até o próprio Presidente da República. Esse assunto é a suposta e alegada “ Incapacidade da Administração Pública”.


Vários são as fontes, origens e interesses que têm abordado a “Incapacidade da Administração Pública” e tudo numa perspectiva de que uma Administração Privada é melhor e muito mais económica que uma Administração Pública. Inclusivamente opinam experts que outrora foram gestores dos “nossos “ dinheiros públicos e tão maus e horrorosos resultados provocaram e agora na esfera privada obtém precisamente o oposto.


Bem… concordaria com tal entendimento se contemplasse o espelho da actuação da Administração Pública nos últimos 36 anos e quase de forma reiterada, tirando raríssimas excepções, abundam os exemplos de gestão negligente e até dolosa do erário público, pilhagem constante ao erário público sejam com PPP sejam com outro tipo de procedimentos, o engordar da Administração com “Boys” e “Girls” do cartão, irresponsabilizarão total e vergonhosa dos gestores dos nossos dinheiros públicos e isto por parte de todas as forçar partidárias que partilharam o poder nacional e local. Nesses termos, obrigatoriamente, terei que concordar que a Administração Privada é preferível a uma Administração Pública.


Mas…se os gestores dos “nossos” dinheiros públicos fossem responsabilizados pelos indignos resultados que apresentam, fossem responsabilizados não só pela gestão dolosa mas igualmente pela sua gestão negligente. Se os gestores dos “nossos” dinheiros públicos fossem efectivamente condenados a ressarcir o Estado das perdas provocadas e não sujeitos a uma “coima” de tostões perante prejuízos de milhões. Se os gestores dos “nossos” dinheiros públicos fossem directa e imediatamente responsabilizados a ressarcir o Estado perante a despesa desnecessária e supérflua. Se os gestores dos “nossos” dinheiros públicos fossem verdadeiramente fiscalizados pelo Tribunal de Contas e sujeitos a uma fiscalização concomitante, isto é durante, e não sujeitos a uma fiscalização a-posteriori por vezes passados anos de já terem abandonado o cargo.

A nossa Administração Pública carece urgentemente de uma real efectiva estratégia, para combater a estratégia de terceiros de querer Administrar os bens/serviços Públicos.

Nesses termos, teríamos motivos para acreditar na Administração Pública.


Eu acredito, veremos se os nossos decisores também acreditam.

Luís Miguel Martins

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